E se você ainda está agindo como se nada tivesse acontecido, pode estar prestes a levar uma multa — mesmo sem dever imposto algum.
Sim, isso é possível.
Porque o IR não pune só quem sonega. Ele pune também quem ignora as regras.
Em 2025, centenas de milhares de brasileiros que nunca declararam na vida vão ser obrigados a declarar. Não porque ficaram ricos do dia pra noite — mas porque o governo mudou os critérios.
Vamos ao que mudou:
A principal mudança está nos limites de obrigatoriedade.
A nova faixa de rendimentos tributáveis subiu para R$33.888,00 anuais.
Vamos traduzir: se você teve um salário médio acima de R$2.824,00 por mês em 2024, você entra.
Mesmo que você tenha tido isenção de IR, pode estar obrigado a declarar.
Se recebeu herança, doações, lucros isentos, vendeu imóvel, negociou cripto, operou na bolsa, ou teve bens acima de R$800 mil no seu nome até 31 de dezembro…
Você está dentro.
E se esqueceu disso? A Receita não vai esquecer de você.
O que pouca gente fala:
Declarar não é só preencher campos no site da Receita.
É entender como os detalhes da sua vida financeira impactam sua relação com o fisco.
• O VGBL, por exemplo, entra como bem, e não deduz nada do seu imposto.
• O PGBL pode reduzir o valor a pagar — mas só até 12% da renda bruta tributável e só se você declarar pelo modelo completo.
• Os dividendos de ações são isentos, mas precisam ser declarados corretamente, sob risco de cair na malha fina por omissão.
• Ações, cripto e fundos também têm suas peculiaridades: movimentou? Declarou. Teve lucro? Apurou o IR corretamente?
Não é exagero dizer que a maioria das pessoas comete erros por desconhecimento.
E depois se espanta quando a malha fina trava a restituição ou cobra multas retroativas com juros.
“Mas eu nem tive imposto a pagar…”
Ainda assim, pode ser vantajoso declarar.
Se você teve IR retido na fonte (como salários, consultorias, ou aplicações financeiras), tem direito à restituição.
E adivinha? A única forma de receber esse dinheiro de volta é declarando.
Ou seja: deixar de declarar não te livra de problemas. Pelo contrário — pode te fazer perder dinheiro à toa.
Como se organizar:
Deixar pra última hora é a receita do caos.
Você precisa de tempo pra organizar:
✔️ Informes de rendimento dos bancos e corretoras
✔️ Extratos de previdência (PGBL e VGBL)
✔️ Documentos de compra e venda de ativos
✔️ Dados dos dependentes, despesas médicas, educação, doações, dívidas
✔️ Cópia da última declaração — se já entregou antes
Parece muito? É porque é mesmo. Mas com organização e orientação certa, a declaração pode virar um instrumento de planejamento, e não só uma burocracia.
Agora a pergunta que fica:
Você já se preparou pra sua declaração deste ano?
Ou ainda está esperando o mês de maio chegar pra correr atrás dos documentos em cima da hora?
📍Lembre-se: o prazo vai até 30 de maio, mas quanto antes você declarar, mais cedo recebe a restituição — e com menos risco de cometer erros.